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Saúde mental em tempos de Corona Vírus

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Como você tem lidado com as últimas notícias sobre o coronavírus? Diante da incerteza gerada por esse tipo de situação de emergência sanitária e de isolamento social, a ansiedade tem tomado conta dos discursos tanto no consultório quanto no meu convívio social. Percebo que nessa situação, existem pessoas conscientes e adaptativas, outras em pânico e extremamente assustadas e algumas em negação da gravidade do problema. Interessante que uma paciente conversando comigo citou que lembrava que na época minha primeira gestação, era o período de surto da zika. E que nessa segunda, estou bem no surto do coronavírus. Me perguntou como estava me sentindo, preocupada comigo. O que ela não sabia é que quando morei em Buenos Aires, tb vivenciei o surto da “gripe suína”, lembra disso? E apesar de no primeiro momento nos preocuparmos muito. Se seguirmos a risca as recomendações e pensamos coletivamente, fica tudo bem. Achei que seria importante falar sobre essa minha experiência na Argen

Flores e espinhos - O início da jornada

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Quem já ouviu falar da “jornada do herói”? Joseph Campbell, na obra O Herói de Mil Faces, analisa diversos contos e mitos e aponta a existência de doze etapas que constituem o percurso pelo qual, necessariamente, um personagem deve trilhar até estar apto a tornar-se um herói. Somos todos heróis. Sim, somos e vivemos estas etapas. Travamos lutas diárias a fim de servir a uma causa nobre. O valor da causa fala diretamente do propósito do herói em construção. Aqui vale desde a luta pela sobrevivência até o envolvimento em causas sociais de maior amplitude. E é na jornada que descobrimos nosso propósito. A primeira etapa de Campbell – “o mundo comum” – revela o entorno do herói: suas relações, seu trabalho, sua família, seus hábitos e vícios, forças e fraquezas. É aqui que reside as principais referências para definição da causa, do objetivo e do propósito da jornada. Há de se Reconhecer nosso lugar de origem, principais motivações, medos, inseguranças. Se você

Comunicação Não-Violenta

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Comunicar-se de forma não violenta pode significar coisas diferentes.  Principalmente considerando perspectivas pessoais e até culturais. Mas a Comunicação Não-Violenta (CNV), de Marshall B. Rosenberg, propõe não somente que consideremos os sentimentos e vulnerabilidades do outro com mais cautela, ela nos ajuda a desenvolver uma conexão pelo coração e pela empatia. E esse processo não é nada estático. É um movimento constante, que questiona seus próprios julgamentos, treinando um olhar mais sensível e atencioso ao que realmente importa nos relacionamentos. Mas falemos de casais. Observar sem julgar, identificar sentimentos, perceber necessidades e aprender a pedir o que você realmente precisa. Esses são os pilares da CNV. Não parecem perfeitos para o cotidiano íntimo e intenso do casal?! Para tanto, é preciso se reconhecer na fala que fere e desconsidera o sentimento do outro, mesmo que a sua dor possa de alguma maneira trazer a sensação de que uma fala mais agressiva é justificável.
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O Mindfulness é uma prática do budismo, que já existe há quase 3 mil anos e prega o “estar totalmente no presente’’. Em tempos de mídias sociais e diversas atividades tomando conta do nosso dia a dia, esta técnica de meditação convida você a parar por um momento e perceber como você se sente e o que se passa em sua mente, em seu corpo e no ambiente ao redor, sem críticas ou julgamentos. Vários estudos já foram conduzidos a fim de comprovar os diversos benefícios do Mindfulness para o corpo e para a mente. Os 10 principais benefícios do Mindfulness são: • Aumento da capacidade de concentração • Redução do estresse • Melhora da função cognitiva • Fim da insônia • Proteção do cérebro • Desenvolvimento da inteligência emocional • Melhora da criatividade • Melhora das relações interpessoais • Aumento da imunidade • Auxílio na perda de peso E como praticar o Mindfulness? Vá para um lugar tranquilo, sente-se de forma confortável e deixe de lado qualquer distração, como celular, T

A Ansiedade não é boa conselheira

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Controle. Eis a palavra chave para se entender muitos dos processos ansiosos que nos angustiam. Controle do que quer e de quem quer que seja. Para que, só assim, a gente sinta o coração desacelerar e a calma nos alcançar. Mas tentar controlar constantemente o que está do lado de fora não é uma estratégia muito eficaz para se sanar a ansiedade. É preciso refletir: "O que a gente verdadeiramente controla?". Uma pergunta chave que poderia ter um tanto de respostas filosoficamente aceitáveis e desafiadoras. Mas, independente das nossas dúvidas e limitações, faço aqui um convite para que todos reflitam sobre o que está em suas mãos. De verdade e, principalmente, em momentos de crise. Seja algo supostamente simples como a respiração, até algo nem sempre fácil de controlar como o que se diz e como se portar diante do outro. É preciso que se faça uma boa e profunda reflexão sobre o que podemos fazer de produtivo e positivo em situações difíceis. E deixar de dar ouvidos ao que a ansi

O que são PANCs (Plantas Alimentícias Não Convencionais)?

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Elas estão nas ruas, nas hortas, nos campos, em vários lugares. Elas vêm conquistando seu espaço nas hortas por meio de cultivo ou simplesmente aparecendo espontaneamente em diferentes locais para regenerar solos trazendo equilíbrio ao meio ambiente. Muitas dessas plantas são comestíveis e apresentam índices nutricionais iguais ou superiores às hortaliças, raízes e frutos que estamos habituadas a comer. O termo PANC foi criado em 2008 pelo Biólogo e Professor Valdely Ferreira Kinupp e refere-se a todas as plantas que possuem uma ou mais partes comestíveis, sendo elas espontâneas ou cultivadas, nativas ou exóticas que não estão incluídas em nosso cardápio cotidiano. (Plantas alimentícias não convencionais (PANCs) : hortaliças espontâneas e nativas / organização de Marília Elisa Becker Kelen et al). Existe no Brasil pelo menos 3 mil espécies de plantas alimentícias com ocorrência conhecida no Brasil. Estima-se que em nosso País pelo menos 10% da flora nativa (4 a 5 mil espécies de p
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Abaixo seguem as categorias, chamadas de “domínios de esquemas” e seus respectivos esquemas. 1º Domínio : Desconexão e Rejeição Está relacionado à dificuldade com Vínculos. Ele mostra uma quebra relacionada à confiabilidade e à segurança nas relações interpessoais. São cinco esquemas: Abandono, Desconfiança, Privação Emocional, Defectividade e Isolamento Social. Abandono Pessoas que possuem este esquema têm a percepção de que os outros, particularmente aqueles com os quais se relaciona e de quem espera conexão e suporte, são instáveis ou incapazes de prover suas necessidades e, ainda que possam ser indignos de confiança. Envolve a crenças de que as pessoas importantes não serão capazes de proporcionar proteção, ligação segura, suporte ou apoio emocional porque seriam instáveis e imprevisíveis e poderiam morrer ou abandoná-las a qualquer momento. Essas pessoas não mereciam confiança ou só estariam presentes de forma instável, podendo abandoná-las por outra pessoa melhor.

Como está sua relação com a comida?

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Primeiro sentimento que me vem à cabeça é o da gratidão por ela. Independente do qual alimento você esteja comendo, acredito que o agradecimento deva estar presente. Agradecer por ter ele todos os dias no prato, agradecer pela sua produção, pela chegada à sua casa, pelo seu preparo e por tudo que ele irá nos nutrir. A nossa relação com o alimento pode ser leve e de forma necessária. Deve ser vista de maneira responsável com muitos questionamentos em que queremos saber o que estamos colocando em nosso corpo primeiramente. A quantidade? Será que estou comendo o suficiente? Como eu me sinto agora depois de comer essa comida? De onde ela veio? Como foi produzida? Respeitar nosso corpo. Ele nos fala com muita doçura e precisamos entender o que ele no quer dizer. Por que tanta culpa ao comer? Por que se culpar tanto se a vida um ciclo de fases. Aceitar e agradecer. Se aceitar e se ver como um ser capaz se acolher e se amar. O alimento é nosso primeiro ato de saúde e autoresponsabilida

Seu filho adolescente escuta alguma coisa do que você diz?

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A comunicação entre pais e filhos adolescente é, sabidamente, complicada. Hormônios, por um lado, e bagagem geracional, por outro, às vezes criam barreiras à comunicação nessa fase do desenvolvimento dos filhos. Algumas reflexões, entretanto, são muito pertinentes ao processo: Você e seu filho adolescente realmente escutam um ao outro? Será que seu filho falaria mais com você se ele se sentisse escutado, compreendido e levado a sério? Quando os pais de adolescentes leem a palavra “comunicação”, geralmente a primeira coisa em que pensam é em “falar”. Entretanto, “ouvir” é o principal ingrediente da comunicação e, quase sempre, é a habilidade parental menos desenvolvida. Quando os pais perguntam: “Por que meu filho não me escuta”? na verdade deveriam se perguntar: “Eu sirvo de modelo para o meu filho de como escutar”? Em outras palavras: você o escuta primeiro? Para melhorar a comunicação com filhos adolescentes é muito importante identificar as barreiras à escuta. Algumas das mai

Seu filho tem medo de usar o vaso sanitário?

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Algumas crianças, após os 4 anos, podem apresentar certo grau de dificuldade de usar o vaso sanitário para “fazer cocô”. A depender de sua frequência e grau de intensidade, essa dificuldade pode ser diagnosticada como ENCOPRESE. Também conhecida como incontinência fecal ou escape fecal, encoprese é o vazamento involuntário das fezes na roupa íntima sem que a criança perceba. O diagnostico ocorre após a idade do treino de ida ao banheiro (geralmente com mais de 4 anos) e é de três a seis vezes mais comum em meninos do que em meninas. Apesar de poder surgir por alterações no aparelho digestivo da criança, na maior parte das vezes a encoprese está relacionada com uma prisão de ventre crônica, fazendo com que as fezes duras e secas se acumulem na região final do intestino. É importante ressaltar que encoprese não é uma doença, mas sim um sintoma que pode ter diferentes causas, muitas de cunho psicológico: . Medo ou vergonha de usar o vaso sanitário; . Ansiedade durante o aprend