Flores e espinhos - O início da jornada
Quem já ouviu falar da “jornada do herói”?
Joseph Campbell, na obra O Herói de Mil Faces, analisa diversos contos e mitos e aponta a
existência de doze etapas que constituem o percurso pelo qual, necessariamente, um
personagem deve trilhar até estar apto a tornar-se um herói. Somos todos heróis. Sim, somos
e vivemos estas etapas.
Travamos lutas diárias a fim de servir a uma causa nobre. O valor da causa fala diretamente do
propósito do herói em construção. Aqui vale desde a luta pela sobrevivência até o
envolvimento em causas sociais de maior amplitude. E é na jornada que descobrimos nosso
propósito.
A primeira etapa de Campbell – “o mundo comum” – revela o entorno do herói: suas relações,
seu trabalho, sua família, seus hábitos e vícios, forças e fraquezas. É aqui que reside as
principais referências para definição da causa, do objetivo e do propósito da jornada. Há de se
Reconhecer nosso lugar de origem, principais motivações, medos, inseguranças. Se você
pensou em autoconhecimento, Acertou!
O autoconhecimento possibilita que a gente identifique o propósito da jornada e essa clareza
contribui para o processo de reconhecimento de características que indicam as prováveis
dificuldades e facilidades que teremos que enfrentar. O conhecimento de si próprio permite
que identifiquemos aquilo que gostamos de fazer, o que fazemos bem, o impacto que minha
atitude causa nos outros, aquilo que me fragiliza, e isso faz toda diferença. Assim, é possível
fazer escolhas assertivas, recuando ou avançando de acordo com o que a situação exige e o
quanto consigo suportar. Quando identifico o que quero e reconheço minhas potencialidades,
nem todos os caminhos me servem. Se for necessário recuar ou mudar a rota, tudo bem, se
todos estes pontos são conscientes. O autoconhecimento permite, inclusive, escolher
desenvolver alguns comportamentos necessários para que eu siga no caminho, mas antes,
preciso reconhecer estas carências.
Para mergulhar neste processo de autoconhecimento é imprescindível que o herói esteja
disposto a acolher suas fragilidades, mas podemos falar sobre isso em outro post.
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O que acha de dar início a sua jornada?
Por Sara Raquel
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