O grito
A pandemia matou a vida que a gente vivia, a excessão da polarização, essa segue firme nos acompanhando. O que vemos agora como protagonistas são os SOBREviventes x os SUPERviventes. Em um extremo os sobreviventes lutando contra a pandemia, isolados o máximo que podem em suas casas, respeitando protocolos de segurança ditados por organizações oficiais, sofrendo com os danos psicológicos do distanciamento social e ambiental. Do outro os superviventes, que se negam a viver enlutados e preferem criar seus próprios critérios para se permitirem seguir vivendo a vida da maneira mais normal possível, sofrendo com a doença de fato e o julgamento social. Os extremos são manifestações de feridas narcísicas, e essas feridas antecedem grandes transformações. Segundo Freud, três feridas narcísicas históricas foram responsáveis por grandes mudanças na humanidade: A primeira foi protagonizada por Cupernico, quando ele nos apresentou o sistema heliocêntrico (a terra, ou seja o homem, não é o centro