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Sobre Saúde Mental: o que faz sentido pra você?

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Hoje venho convidar a uma reflexão. Mais do que mergulhar em teorias e tentar entender o que está por trás de comportamentos e emoções, questiono o sentido pessoal que desenvolvemos acerca da nossa saúde mental. A psicologia enquanto ciência e as práticas terapêuticas desenvolvidas ao longo dos anos, nos trazem um embasamento profissional para compreender e encontrar soluções para tantas questões que permeiam o âmbito dos relacionamentos e do desenvolvimento humano.  Contudo, ao pensar no trabalho realizado em consultório sempre me questiono (e questiono meus clientes) sobre o que faz sentido para quem me procura. Assim, quais são as perspectivas negativas e positivas acerca de um dado problema ou sintoma? Como enxergamos possibilidades e soluções? Ou ainda, o que pode ajudar a enxergar pontos de vista que nos ajudem a seguir em frente?  Essa reflexão tem muito a ver com a humanização da saúde mental. Se é que já não lhe pareça estranho pensar em uma saúde mental “de

O que atrapalha e o que ajuda na criatividade? | CriativaMente no Divã

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O que atrapalha e o que ajuda na criatividade? | CriativaMente no Divã  [Episódio 1] A criatividade é o que nos move sempre na direção de um lugar positivo e melhor. Se não fosse ela, nós ainda estaríamos vivendo como nos tempos das cavernas. A criatividade é uma habilidade importante e possível de ser desenvolvida por qualquer pessoa, não é uma exclusividade para gênios ou artistas. Mas como exigir que as pessoas sejam criativas, se as escolas e faculdades não ensinam seus alunos pensarem fora da caixinha, a serem proativos e criarem soluções diferentes para problemas comuns? Se nem nossos pais nos ensinam criatividade – nos chamando a atenção a cada atitude e ação que tomamos fora do comum – como podemos ser criativos? Então, no divã, Milena Mendonça (Psicóloga) e Lulu Souto (Designer de jóias), refletiram sobre a criatividade e deram 3 dicas valiosas de como destravar o processo criativo, no primeiro episódio da série CriativaMente no Divã. Tem um vídeo versão re

Como anda amando? Como está sendo amado?

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Buscar a felicidade do outro não é algo negativo. Agradar os outros, fazer coisas agradáveis ​​por eles, ceder às necessidades deles muito menos. Pelo contrário, é algo bom e desejável, desde que seja um ato que nasce de um altruísmo maduro e desinteressado, de um autocontrole e de um equilíbrio emocional que leva a pessoa a agir livremente e a buscar realmente o bem do outro. Mas quando não é assim? Muitos bloqueios e sintomas de ansiedade estão intimamente relacionados à necessidade de responder às expectativas - reais ou imaginadas - do outro. Agir desta maneira, é uma faca de dois gumes, em primeiro lugar, porque não é possível nem saudável tentar corrigir as deficiências dos outros e, em segundo lugar, porque você deixa de ser autêntico ao tentar adaptar-se às demandas externas. É muito provável que a ideia de sentir-se obrigado a satisfazer e agradar tenha sido aprendida na infância. Uma etapa em que a criança compreendia que o carinho, a atenção e o reconhecim

Criando filhos resilientes para que floresçam nas adversidades da vida

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Do que se trata a Resiliência? Existem várias definições para esta palavra, mas, em essência, resiliência é a capacidade de se adaptar e de responder positivamente diante das adversidades. Ou seja, é a capacidade de se adaptar às mudanças, de lidar com problemas e superar obstáculos. Essa característica deixou de ser apenas importante. Segundo especialistas em educação de crianças, ela se tornou absolutamente necessária nos dias atuais. Crianças resilientes têm algumas características únicas, fáceis de identificar: - Têm mais confiança em dizer “não”, quando desconfortáveis. - Adaptam-se melhor a novas situações. - Aumentam seus desafios e se fortalecem por meio deles, pois sentem menos medo de errar. - Aprendem a lidar melhor com sentimentos difíceis, como estresse, medo, tristeza e raiva. - Tomam ações práticas para resolver problemas. - Assumem mais responsabilidades. Ajudar as crianças a se tornarem resilientes não significa poupá-las de dificuldades ou an

Alimentos, suas cores e seus benefícios emocionais

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Todos os âmbitos da vida estão interligados. Quando a gente não entende, mesmo assim ela nos mostra e as coisas se encaixam. Na alimentação não é diferente. O  corpo pede um  alimento quando estamos precisando de algum nutriente. O corpo pede algum  alimento quando estamos precisando nos acolher.  O corpo pede algum alimento quando estamos precisando expandir. Se alimentar é autoconhecimento. É só questão de observar. E quando as cores dos alimentos nos trazem reflexos emocionais?! Cada cor tem uma vibração emocional e o alimento traz isso em forma de nutrientes. Essa relação nos faz ver  o quanto às emoções estão  associadas a nossa conduta alimentar e nossas ações. A cor vermelha nos faz aterrar, ter vitalidade, coragem e individualidade. Consumir morango, beterraba, tomate, acerola, framboesa nos fazem criar raízes para podermos nos erguer com mais força. A cor laranja nos traz prazer na vida, confiança,  auto estima  alma, desejos fortes e os alimentos com essa cor com

Adolescentes positivos: seu filho não precisa ser o melhor. Ele precisa ser feliz.

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Nós construímos expectativas sobre nossos filhos, mesmo antes de eles nascerem. Fazemos isso desde a escolha do seu próprio nome. As expectativas estão relacionadas aos nossos desejos e vivências. Muitas pessoas escolhem para seu filho o nome de alguém que desejam ou admiram e esperam que seu filho receba as qualidades positivas dessa pessoa. Outros o fazem em torno do significado, eu por exemplo, escolhi com meu marido o nome de Enrique, por ser uma versão espanhol, que em germânico significa "governante da casa”. Escolhemos pelas nossas vivências e pelo significado. As expectativas influenciam muito o comportamento. O sociólogo americano Robert K. Merton foi um dos primeiros a explicar esse fenômeno por meio do que ele chamou de "profecia autorrealizável”. Merton explicou da seguinte maneira: "A profecia que autorrealiza é, a princípio, uma definição 'falsa' da situação que desperta um novo comportamento que faz com que a falsa concepção original da

A importância de desenvolver Autocontrole

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O autocontrole é a capacidade que temos de decidir autonomamente em qualquer situação que surja e orientar essas decisões para o que realmente queremos alcançar. Decidir serenamente tanto em decisões que afetam nosso entorno, quanto aquelas que afetam nosso interior. Uma pessoa com autocontrole é também aquela que se encontra em situações dolorosas como um diagnóstico de doença terminal, e decide entre as opções de permitir seu desequilíbrio interno pelo evento ou controlar suas emoções para proporcionar bem-estar e a força de sua família (isso afetando seu interior primeiro). Na psicologia, o autocontrole é tomado como uma peça fundamental para a saúde mental, física, psicológica e emocional de cada pessoa. É uma característica que está naqueles que se mantêm "em sã consciência", pelo menos a maior parte do tempo. Em seguida, quero mostrar alguns passos simples para alcançar o autocontrole. Depois de aplicá-las, você verá, sem dúvida, grandes mudanças em vo

Não existe Homossexualismo. Existe Homossexualidade e isso não é doença.

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A primeira coisa que deve ser esclarecida, é que jamais deve ser usado o termo homossexualismo como alguns ainda se referem. O sufixo "ismo" indica doença, o que comprovadamente pela ciência, não é o caso da homossexualidade. O sufixo "idade" das palavras heterossexualidade, homossexualidade, bissexualidade indica identidade. Investigações científicas mostraram que a homossexualidade, por si só, não está associada a transtornos mentais ou problemas emocionais ou sociais. No passado, os estudos sobre gays, lésbicas e bissexuais incluíram apenas aqueles em terapia, criando assim uma tendência nas conclusões resultantes. Quando os pesquisadores examinaram dados sobre essas pessoas que não estavam em terapia, descobriu-se rapidamente que a idéia de que a homossexualidade era uma doença mental não era verdade. Em 1973, a American Psychiatric Association retirou a homossexualidade do manual oficial detalhando os transtornos mentais e emocionais. Dois anos mais tarde, a A

Por que uma pessoa se torna vegetariana?

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A palavra “vegetariano” vem do latim vegetus, que significa “forte, vigoroso”. se você não come produtos que envolvam a morte de qualquer ser do reino animal, você é considerado vegetariano. Por que você adotou essa alimentação? Pode ter sido pela ética, saúde, meio ambiente ou por todos os três ao mesmo tempo. E o que cada um simboliza nessa escolha? Bom, será muito bom mostrar isso pra vocês. Os motivos éticos nos levam a considerar que os animais têm o mesmo direito à vida e à proteção. Eles são sencientes e por isso têm a capacidade de se defender da dor e a habilidade de experimentar alegria. Ás vezes é difícil ter essa visão por falta de sensibilidade ou por interesse sobre o uso dos animais na vida cotidiana. Já em relação à saúde, inúmeras pesquisas científicas mostram que uma alimentação sem carnes traz benefícios ao organismo. Previne, estabiliza e modifica ações de doenças ocorrentes no mundo. E ao meio ambiente? Ele é de todos e precisa ser cuidado por

Maternidade é uma escolha

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"Não existe natureza humana, e sim condição humana”. Diante da máxima "o ser vivo nasce, cresce, se reproduz e morre”, antes de discutirmos o fenômeno da maternidade, temos que discutir alguns conceitos que antecedem a maternidade no desenvolvimento humano. Por sermos animais emergidos em uma cultura, segundo Lev Vygotsky, psicólogo sócio-histórico, o termo natureza humana não existe, e sim, o termo condição humana. Partindo desse pressuposto que "a condição humana é representada pela construção de instrumentos para a satisfação de nossas necessidades, e que depende do momento histórico em que vivemos”. Condição humana é a possibilidade do ser humano criar a si mesmo, libertando-se dos limites impostos pelo biológico de seus organismos. “Não existe instinto materno”.   Por sermos animais moldados pela nossa cultura, não possuímos padrões de comportamentos estereotipados (instintivos). Então, o conceito de pulsão foi criado e utilizado por Sigm